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Os brackets autoligáveis são para você?


Este é um post para todo ortodontista que tem um pé atrás com os brackets autoligáveis. Se não for o seu caso, pode parar por aqui. Mas se você está em dúvida, pode ser que o que estar por vir lhe interesse!

Todo profissional sério sabe que o que faz a diferença em um tratamento ortodôntico não é o aparelho, e sim o ORTODONTISTA. E antes de mais nada, fica aqui o que é correto: o melhor “custo-benefício” é o aparelho CONVENCIONAL, mas se for para comparar vantagens, os autoligáveis são melhores do que os convencionais. Nem sempre, mas na maioria das vezes SIM!


Sei que muitos vão dizer que não, mas só aqueles que não usaram. Porque não dá para

comparar a facilidade e o conforto de manuseio entre o convencional e o autoligável. Claro que sempre existem exceções, usou e não gostou! Mas não é a regra.


Por algum tempo, os autoligáveis foram vítimas de um marketing excessivo e porque não dizer falso, que atrapalhou o seu uso generalizado. Além disso, o custo também “espanta” e com razão; afinal, eles são mais caros.


Na verdade, o que incomoda aqueles que não usam os autoligáveis é a propaganda enganosa, os estudos mal feitos, a falta de evidências científicas, e a propalada técnica “exclusiva”. E eles estão certos, porque muitas das vantagens apregoadas aos autoligáveis não são verdadeiras ou exclusivas deles.


Pode-se expandir arcos com brackets convencionais ou autoligáveis. Pode-se usar batentes de mordida (anteriores ou posteriores) com brackets convencionais ou autoligáveis. Pode-se utilizar fios de “cupper niti” ou qualquer outro fio termo-ativado (A-NITI) com brackets convencionais ou autoligáveis. Pode-se evitar extrações com brackets convencionais ou autoligáveis. Pode-se usar "stops" com brackets convencionais ou autoligáveis. Além disso, o grande vilão do deslize dentário, o ângulo de contato elástico, ocorre da mesma forma nos dois tipos de aparelho.


Enfim, não é porque você faz uso de um determinado bracket que o seu tratamento será melhor ou, quem sabe, mais fácil e mais rápido. Tudo vai depender do operador, no caso, VOCÊ!


Mas esquecendo todas as difundidas “falsas vantagens” (que nem sempre eu concordo), que foram refutadas por falta de evidências científicas (lembre-se: falta de evidência não significa que é evidente que falta), como menor tempo de tratamento, menor número de extrações e focando no conforto para o profissional e paciente, os autoligáveis se saem melhor. Na minha opinião, o que faz sentido entre uma escolha ou outra é o preço e a prescrição que você usa.


Algumas empresas têm um número limitado de prescrições, o que limita as escolhas.

Outro ponto importante são as dobras, isso mesmo, dobras. Se você é um ortodontista que gosta de dobras, como eu, vai sentir dificuldade em inserir o arco nos brackets autoligáveis quando fizer dobras de primeira ordem em fios retangulares e vai perceber que as dobras para inclinação ("torque") são dificultadas pelas canaletas mais largas. Mas este são detalhes que podem ser contornados.


No mais, vamos ser sinceros, quem não gosta de conforto???


Viva a Ortodontia!


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