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Doutor, quando eu tiro o aparelho?



De longe, esta é a frase que o(a) ortodontista mais escuta durante toda a sua vida. Pode-se dizer que a segunda, seja ela qual for, vem muito atrás.

A famosa frase - “Quando eu tiro o aparelho?” - é repetida exaustivamente todos os dias no consultório de um ortodontista e não é surpresa nenhuma. Afinal, cem por cento dos pacientes querem saber quando é este momento tão aguardado e especial.


Nada mais normal para um profissional da área estar preparado para respondê-la. O problema que a resposta para esta pergunta é uma das mais difíceis. Pelo menos quando se pensa em uma resposta precisa. Daí pode-se dizer que nem sempre tem-se a resposta, o que frusta (e até irrita) muitos pacientes; e com razão.


Porém, que má vontade é essa para responder uma pergunta tão usual?


Não é má vontade nenhuma! O problema é que como a resposta envolve tempo e o tempo também é responsabilidade do paciente perde-se a precisão do feedback. O que causa estranheza.


Na verdade, o profissional controla consultas e o paciente o tempo.


Como assim?


Não é só a freqüência e a assiduidade ao tratamento que irá influir no tempo. A resposta tecidual de cada paciente também influi. Em outras palavras, a velocidade de movimentação dentária varia entre indivíduos. Mesmo tratando-se do mesmo indivíduo um dente de um lado pode movimentar com uma velocidade diferente da do outro.


É importante lembrar que uma coisa é quando se pergunta por curiosidade e vontade de tirar o aparelho, a outra é quando se faz uso da frase para pressionar o profissional.


Todo profissional sério e responsável sabe que terminar o tratamento ortodôntico dentro do previsto é bom para todos. Bom para o paciente que pode mostrar o seu belo sorriso livre de aparelhos e bom para o profissional que mantém a sua reputação de ortodontista sério, responsável e competente.


A pressão exagerada para que se finalize o tratamento só traz inconvenientes. Trabalhar sob pressão nunca é agradável e neste caso pode levar a erros. A remoção precipitada do aparelho ortodôntico pode causar uma rápida recidiva ou deixar que a obtenção de importantes guias oclusais sejam negligenciadas. Sem falar na própria qualidade da finalização que pode comprometer a estética e a função.


Sendo assim, o melhor que o paciente tem a fazer é confiar no profissional que está lhe tratando e aguardar o prazo previsto. Se algo estiver saindo do presumido ou a expiração da data especial estiver próxima, aí sim vale a pena perguntar a respeito da grande dúvida: Doutor, quando eu tiro o aparelho?


Uma coisa é certa, todo ortodontista adora responder a esta pergunta quando sabe, pois nada melhor do que encarar o paciente e responder com serenidade e alegria...tiramos na próxima consulta!

Viva a Ortodontia!


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