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Controle de Ancoragem em Ortodontia



Controle de Ancoragem em Ortodontia: medidas que considero importantes.


Controlar a ancoragem é um dos procedimentos mais importantes de um tratamento ortodôntico (famoso clichê em Ortodontia, mas é verdade).


A “perda de ancoragem” pode significar, em algumas situações, o insucesso completo do tratamento. Afinal, nada mais valioso do que espaço na nossa especialidade.


A Ortodontia é o mundo dos milímetros.

Então vai aqui uma lista de procedimentos que eu faço.

Aviso: não quero ser o dono da razão, mas sigo aquilo que é comprovado por evidências científicas e experiência clínica.

  1. Nunca subestime a perda de ancoragem.

  2. Crie a sua ancoragem com o maior número de dentes possíveis. Se necessário, inclua até os terceiros molares. Os segundos, nem se fala.

  3. Não confie em barras palatinas. São ótimas para controle transverso, giroversões e movimentos individualizados. Não se prestam ao controle de ancoragem.

  4. Reforce a sua ancoragem, sempre que preciso, com elásticos intermaxilares, mas cuidado com os efeitos colaterais de giro do plano oclusal.

  5. Tenha preferência por ancoragem esquelética, mas avalie a verdadeira necessidade. Não submeta o seu paciente a custos biológicos e financeiros desnecessários.

  6. Só retraia “em massa”, quando tiver certeza de qual a quantidade de espaço necessária. Retrações em massa costumam perder muita ancoragem. Opte por ancoragem esquelética, nas retrações em massa.

  7. Se tiver muita experiência com molas de arcos segmentados vá em frente. Mas cuidado, as molas de arcos segmentados são mais difíceis de confeccionar, levam tempo para ser adaptadas, causam mais desconforto ao paciente e podem não funcionar como o esperado.

  8. Em caso de dúvida, primeiro retraia os caninos e depois os incisivos. Como já disse, a retração em massa pode dar problemas.

  9. Não confie em dobras de preparo de ancoragem (técnica de Tweed). Não há evidências de que elas funcionam.

  10. Seja criterioso com o conforto dos mini implantes extra-alveolares. Eles são muito práticos, mas estão longe de serem confortáveis.

  11. Cuidado com o perfil. De nada adianta fazer um super controle de ancoragem, para descobrir no final que houve exageros de retração.

  12. Lembre-se, o controle de ancoragem requer muito cuidado e atenção. Não perca o seu paciente de vista durante este controle, principalmente se estiver usando molas de NiTi.


Em essência, são estes os cuidados que eu tomo com ancoragem. Se faltou algum, não repare, pois a Ortodontia é um intricado jogo de xadrez, com muitas variáveis.


Viva a Ortodontia!

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